24 de agosto de 2007

23/08/2007 - Quarta aula / Parte 2





Farmácia é estabelecimento de saúde não comércio

É de fácil aproximação através de propagandas televisivas e impressas, que todos tem conhecimento e acesso a todo tipo de medicamento, e muitas vezes as propagandas enganosas e abusivas continuam sendo o maior estimulo para os usuários. Mas o que não é levado em conta é que este acesso tão facilitado não se resume apenas ao poder de compra, mas sim ao acesso ao medicamento adequado, que possua uma finalidade específica, em dosagem correta e que sua adequada utilização, venha a sanar os problemas de saúde.
No Brasil, o orgão que regula e fiscaliza o setor privado de saúde é o SUS, no entanto, a regulação destes serviços não inclui farmácias e drogarias, que desta forma são consideradas "estabelecimentos comerciais", os medicamentos "produtos" e seus usuários "consumidores". O que acarreta na indução e ao consumo desnecessário de medicamentos, praticado na maioria das vezes por balconistas interessadas apenas em suas comissões, o que resulta em prescrições quase que sempre desnecessárias a população.
Em decorrência disso é que são inumeros os prejuízos todos os anos, pois são diversos os casos de intoxicação por medicamentos sem a orientação e a prescrição correta. Um bom exemplo disto são os antibióticos: Sua utilização incorreta resulta no fortalecimento de vírus e bactérias, ocasionando a ineficiênica dos tratamentos.
Uma pesquisa feita pela ABF(Associação Brasileira de Farmacêuticos), concluiu que:
  • 50 a 70% das consultas médicas geram prescrição medicamentos;
  • 50% de todos os medicamentos, são prescritos, dispensados ou utilizados inadequadamente;
  • 75% das prescrições de antibióticos são errôneas;
  • Apenas 50% dos pacientes tomam os medicamentos corretamente.

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